Brasília - Distrito Federal

Aos 50 anos, Brasília já tem sua cara própria. Recriou sua maneira diferente dos desenhos do projeto original. Quem nasceu aqui se orgulha por Brasília ser diferente.

Um pouco da cidade: Brasília foi inaugurada em 1960. Com a cidade Juscelino Kubitschek tirava o país do litoral e empurrava-o em direção ao interior. A cidade surgiu no meio do nada, hoje conta com obras de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Nada de cruzamentos e ruas simples, mas pensada a partir de dois eixos principais. Ainda hoje Brasília causa impacto a quem chega. Suas quadras são geralmente iguais, o turista tem que lembrar o número da quadra. As superquadras localizadas na Asa Sul e Asa Norte são praticamente idênticas. No Eixão e Eixinhos, que cruzam de norte a sul a cidade, existem as tesourinhas que levam às quadras residenciais, divididas em 100, 300, 700 e 900 de um lado e 200, 400, 600 e 800 do outro. Pode parecer diferente e difícil, mas a lógica matemática é bem mais simples do que decorar nome de ruas. Brasília é arborizada, é possível caminhar sob as árvores. Não tem grandes condomínios (existem, mas nas cidades satélites) com piscinas e parquinhos particulares. Em Brasília, tudo é público. As quadras têm parquinhos, quadras de esportes e oportunidade para todos se divertirem. É uma cidade sem sotaque, uma mistura de gente que veio de longe. As casas e varandas dos apartamentos são invadidas por pássaros, e nas caminhadas é fácil passar por mangueiras, jaqueiras, amoreiras, e uma infinidade de árvores frutíferas. Brasília é cidade monumento, primeira cidade moderna reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Problemas: Apesar de planejada a cidade, como qualquer grande metrópole, tem suas dificuldades. Não tem um bom transporte público, e, mesmo o metrô que veio para solucionar parte do problema, não atende a grande parte da cidade. Foram anos poluindo o Lago Paranoá, mas hoje, grande parte do lago já encontra-se despoluído, hoje o brasiliense pode até mergulhar em suas águas e muitos se divertem pescando em suas pontes. Outro fator preocupante é a ocupação desordenada. Brasília já tem seus mega congestionamentos e um dos maiores problemas que a cidade enfrenta é a falta de vagas de estacionamento.

Política: O que mais irrita o cidadão de Brasília é ouvir que ali só tem ladrão, que é lugar para crime de colarinho branco. O povo brasileiro se esquece que Brasília é somente o palco, onde o país envia seus representantes, corruptos ou não, escolhidos pelas mesmas pessoas que costumam falar mal da cidade, e o pior, escolhidos pelo voto direto.

Onde ficar: A cidade é repleta de hotéis, para todos os bolsos. Aconselho a ficar no Plano Piloto, evitando a distância das cidades satélites. Na avenida W3 existem algumas pousadas, mas muitas são mal freqüentadas.

O que fazer: Não é necessário muitos dias para conhecer a cidade, um bom feriado é tempo bastante para que o turista faça seu tour cívico. Posso citar um passeio pela Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, o Palácio do Catetinho, Palácio da Alvorada, o Mastro da Bandeira Nacional, a Praça dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, a Catedral Metropolitana, o Teatro Nacional, o Centro de Convenções, a Torre de Televisão, o Palácio do Buriti e o Centro Cultural Banco do Brasil. Ainda o Santuário Dom Bosco, a Ponte JK, o Lago Paranoá, o Memorial dos Povos Indígenas, o Panteão da Pátria, Palácio do Itamaraty e o Memorial JK. Para quem curte a natureza, a cidade presenteia com o Parque da Cidade, o Jardim Botânico e o Parque Nacional, este último conhecido como Água Mineral. Um dos pontos mais importantes é o Pontão do Lago Sul, construído para desenvolver o turismo cultural, gastronômico e de entretenimento: possui bares, restaurantes, marinas além de um belíssimo visual. Da Torre de TV, aos finais de semana, sai um ônibus panorâmico que faz o trajeto de grande parte dos lugares turísticos, com guias especializados.

Quando visitar: A melhor época para visitar a cidade é fora do período de seca, geralmente entre setembro e junho. Sem as chuvas, a umidade do ar costuma ficar muito baixa e a cidade perde sua cor, já que existem gramados por todo lado que secam sem as águas.

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